Prefeitura colabora com curso da Polícia Civil

Primeiros-socorros em situações como distúrbios, com arma de fogo e explosões foram simulados

A Secretaria de Educação liberou o espaço da Escola Coronel Rogério Borba para o curso gratuito de Pré-Hospitalar Tático (APH) de Combate oferecido por membros da Polícia Civil do Paraná (PCPR). O evento no último final de semana reuniu guardas de Reserva, Tibagi, Ortigueira e servidores das pastas de Educação e Saúde do nosso município.

‘’Buscamos e queremos que nossos servidores tenham cursos que aperfeiçoam no resultado final, que é um bom atendimento ao morador reservense. Essas técnicas precisam ser compartilhadas e podem ser decisivas em uma situação de risco’’, disse o prefeito Lucas Machado.

Quem conduziu as palestras foi o investigador Edson Moreira Júnior, pós-graduado na área e com auxílio do também investigador, Ademir Brasil Filho, graduado em protocolos de salvamentos conhecidos no jargão técnico MARC1.

‘’O curso visa os primeiros-socorros por traumas de combate, por armas de fogo ou explosões, mas não exclui acidentes domésticos ou automobilísticos, já que certos traumas podem ser da mesma gravidade. Por exemplo, a contenção de hemorragias arteriais em membros e tronco, obstrução de vias aéreas, eventuais hemotórax [hemorragias internas que podem causar o colapso dos pulmões e levar as vítimas à asfixia pois o sangue pode pressionar os pulmões] ou o Pneumotórax [entrada de ar que também pode preencher a cavidade torácica, igualmente pressionando os pulmões e causando colapso respiratório ou mesmo pressionando o coração fazendo-o parar] Por isso, sendo de importante aprendizado por servidores da educação, pois é um conhecimento que salva vidas’’, explicou Ademir Brasil Filho.

A Polícia Civil do Paraná é pioneira em trazer esses métodos importadas do exterior, principalmente do FBI e Exército dos EUA, sendo o policial e médico Sérgio Maniglia, conhecido como ‘Doc Maniglia, iniciou os treinamentos no APH.

APH de Combate

Como é sabido, o maior laboratório para o desenvolvimento de traumas graves, decorrentes de armas de fogo, são os campos de batalha, durante as guerras. Nesse contexto, desde a Guerra do Vietnã os protocolos de atendimento de vítimas de ferimentos de armas de fogo, têm evoluído, especialmente durante as recentes guerras do Iraque e Afeganistão. Nos anos 80, o Brasil expandiu o conceito de atendimento pré-hospitalar com apoio de agentes de segurança.

Texto: Alan Prodelik

Fotos: PCPR.